Diário Canino

Esta seção terá notícias mais objetivas sobre assuntos ligados ao Canil New Kraftfeld.

  • 21 de Outubro de 2012
  • Americans com formação musical e fotos dos filhotes.

Diariamente, antes de descer até os canis, eu escolho um cd para escutar enquanto lido com os meus americans. Pode ser um rock tradicional mais pop, um jazz rock. um rock progressivo tipo Jethro Tull ou Yes mas também um clássico como um concerto para piano e orquestra. Ligado à música desde a adolescência quando estudei e aprendi a tocar violão influencio o ambiente do Campo de Força. Creio que os cães gostam de ouvir música. Eu brinco que os obrigo a uma formação musical. Só falta eles lerem partitura. Vou levar um dia desses um piano ou um violão e ver se algum se aproxima. Brincar é bom e o senso de humor melhora a vida das pessoas.

Hoje tiro novas fotos dos filhotes da Kay para que aqueles que reservaram observem e vão tomando decisões.

Bem. estou escrevendo as 4 horas da madrugada. Comi uma carne num restaurante e não foi bem recebido pelo meu aparelho digestivo. Já tomei Digeplus e até uma coca cola que me faz bem nessas ocasiões. Perdi o sono e, depois de viajar pelo Mercado Livre e comprando mais dois cds resolvi escrever aqui antevendo o que irá acontecer mais tarde. O Grêmio empatou e o Fluminense " enlouqueceu". Hoje verei o jogo do Atlético com o Fluminense. Apenas olharei. Gostei da novela Avenida Brasil. Creio que será difícil repetir tanta qualidade tão cedo.

Não pretendo assistir a próxima. Aproveitarei o tempo lendo e vendo filmes. A vida segue e parece que choverá em Porto Alegre hoje. Caso isso aconteça colocarei pequenos guarda-chuvinhas em cima dos filhotes. Brincando novamente. O que faz a insônia. Bem, os filhotes estão lindos e os que virão nas próximas ninhadas em breve me dão muita curiosidade.

Vou para cama!


  • 19 de Outubro de 2012
  • O culto à traição!

A humanidade vive períodos alternados de extrema repressão com outros de abertura total chegando à libertinagem. Nos intervalos encontramos adaptações que tentam o meio termo. Segundo os chineses o ideal seria essa equidistância, nem o oito e nem o oitenta. Na verdade para certos temas o ideal seria a atitude radical mas para outros a flexibilidade seria uma virtude. Para a decisão de se salvar uma criança que está prestes a cair de um prédio a atitude deve ser radical. Precisamos lutar para salvá-la. Quando alguém deixa cair uma carteira e vemos o fato, a atitude sempre deve ser a de recolher o objeto e chamar o incauto visando entregar aquilo que lhe pertence. Mas para outras questões da vida a flexibilidade é necessária. Na hora de condenar uma pessoa por um crime, um roubo por exemplo, devemos cortar a mão como fazem em alguns países de pensamento religioso radical? Quando um amigo seu está sendo traido mas está feliz no casamento devemos contar a ele? Muitas questões podem ser levantadas e estão todas no terreno da moral, dos costumes e das tradições. Mas certos posicionamentos nós precisamos tomar baseados na experiência dos séculos de comportamento humano. Como dizia o Kalil Gibran nós não precisamos cair para aprendermos. O inteligente percebe que outro caiu na frente e se desvia do obstáculo.

Bem, no universo das pessoas que escrevem, seja como jornalistas, psicólogos ou intelectuais conhecidos nos meios de comunicação encontramos, executando seus poderes de formadores de opinião, toda a sorte de argumentações vazias de significado, distorcidas pelos seus próprios problemas ou vivencias neuróticas e destituidas de quaisquer verdades. Vejo isso em programas como Amor e Sexo, que tem seus atrativos além da beleza e inteligência da apresentadora Fernanda Lima. Mas nesse mesmo escutei uma psicóloga, com ar de sabedoria, opinando sobre temas importantes como fidelidade. Li essa semana na revista Época uma escritora arguindo que considerava a infidelidade uma saida interessante para casais que estão vivenciando uma rotina. Concluia que essa experiência poderia inclusive melhorar a relação.

Eu trabalhei trinta anos como clínico na Secretaria da Saude e escutei toda a sorte de relatos pois as pessoas não procuram o médico só por razões físicas. Trabalhei cinco anos na Equipe de Saude Mental do Estado. Posso opinar da mesma forma que essas pessoas fazem, mas com uma vivência diferente. O psicanalista Erich Fromm, da escola culturalista de psicanálise, escreveu um livro sobre o amor. Já no seu início ele afirma: " O amor não é um sentimento que qualquer um pode se comprazer sem levar-se em conta o grau de maturidade que atingiu". 

Amar exige maturidade. Quanto mais nos elevamos mais sabemos amar e extendemos essa capacidade com maior perfeição. Essas pessoas que aplaudem a infidelidade, que nada mais é do que uma traição, desconhecem o amor, não amam e talvez nem sejam amadas.

Quando duas pessoas iniciam uma relação elas fazem um contrato que pode ser escrito através do casamento em cartório, numa igreja em frente do padre ou referencial religioso, ou pelo que fica subentendido em linguagem verbal e não verbal. Não conheço um casamento em que os conjuges digam: podes trair querido que eu não me importo. Não conheço também ninguém que chegue em casa e diga: querida, transei ciom tua amiga. Ou uma mulher que ao receber o marido em casa afirme: tenho uma notícia ótima para te contar! Transei com meu chefe!

A traição sempre é sentida como algo ruím, doloroso, sofrido e que abala o ego e a autoestima. Raras são as uniões que sobrevivem depois de uma infidelidade descoberta. E quando isso acontece deixa um saldo de sequelas que afetam a felicidade do casal. A pessoa que trai está rompendo com aquilo que foi combinado. Se a relação está medíocre, rotineira, melhor atitude é a coragem de expor isso e assumir uma separação, nem que seja por um tempo. Talvez esse casamento necessite de um ar para respirar. Quem sabe alguns ajustes devam ser feitos e o casamento ainda tenha uma saída honrosa. Mas a infidelidade nunca é uma atitude digna.

Essa postura não deve existir por uma razão religiosa cristã, budista ou de qualquer ordem espiritual. Essas conclusões devem ser obtidas por uma análise concreta, lógica e inteligente. As atitudes movidas por medo de punição religiosa são falsas pois partem de fora para dentro. São resultantes de insegurança e medo. Nossas maiores decisões devem brotar do nosso âmago, de nosso ego ou, quando absorvida de fora, após uma análise criteriosa e nunca por dogmas pois esses mudam conforme as religiões e não permitem nenhuma discussão.

Quando leio e vejo na TV essas pseudo-autoridades interpretarem e ainda sugerirem comportamentos eu noto que estamos numa fase em que o comportamento da sociedade ocidental vivencia uma abertura, uma inclinação para a amoralidade ou imoralidade. Os princípios morais foram feitos não só por radicais islãmicos. As regras são feitas porque o homem percebeu após muito sofrimento que deveria colocar normas. Depois que ocorreram alguns atropelamentos o homem colocou uma faixa de segurança para ajudar o pedestre. Mais adiante ou antes colocou um semáforo visando ordenar as paradas dos carros. Criou as multas para punir os infratores. Regras. Princípios morais. É ruím atropelar alguém. É um ato que gera consequências. Alguns atropelados sofrem escoriações. Outros levantam e ficam apenas algumas cicatrizes. Outros ficam paraplégicos. Muitos morrem. Isso acontece com a infidelidade, com a traição, seja entre casais ou com sócios. Seja entre amigos ou entre a relação de um governante com seu povo. Nunca a infidelidade é salutar. É grave e trás consequências. Por isso nunca aceitem os pensamentos de quem defenda qualquer ato destrutivo. As vezes escutamos que alguém pode amar e trair a sua mulher ou o seu marido. Eu afirmo que quem trai não ama a si próprio. 

Por isso muitas pessoas amam os cães. Encontram neles uma relação de fidelidade. Quando um cão morde o seu dono existe uma quebra da relação. Alguns chegam a matar o animal. Certas pessoas matam a pessoa que trai e depois se suicidam. Muitas famílias, as células maters da sociedade, se separam com sofrimento para todos. Os filhos carregam sequelas para toda a vida quando existe a separação dos pais, mas quando o motivo é infidelidade normalmente o ódio está presente e isso afeta a influência dos pais sobre os filhos. Por isso devemos entender toda a dimensão da fidelidade. Quem tem um tesouro em casa deve pensar se o está preservando. E quem nota que está infeliz no casamento e já tentou de tudo para solucionar ou harmonizar a relação a perspectiva de ser feliz sozinho ou com outra pessoa é um direito, apesar de que possa render muito sofrimento. 

George Harrison numa de suas canções após a separação dos Beatles fala que muitas pessoas não foram bem alertadas e se desviaram. Ele avisa para nós tomarmos cuidado com a escuridão. A música se chama " Beware of Darkness". Eu acredito que a fidelidade como outras virtudes da alma humana devem ser preservadas pela luz do entendimento. Por isso devemos nos acautelar com tudo que vemos, ouvimos e escutamos!

 

Nelson Filippini Almeida


  • 09 de Outubro de 2012
  • Torpedos irão aparecer no horizonte!

Fiquem sem net dois dias e já se acumulam tarefas sem serem feitas no computador. Essa noite entrei em cena novamente respondendo e-mails. Os filhotes da KAY com o CIELO estão quase abrindo os olhinhos. Vou colocar fotos dessa turminha em muito breve tempo. Na 6a feira será certo que colocarei fotos de todos os filhotes individualmente. Como todos estão a princípio reservados (pelo menos as reservas foram feitas formalmente) eu recomendo que as pessoas que desejem um belo AST vejam o ícone Cruzamentos Realizados pois torpedos irão aparecer no horizonte.




  • 05 de Outubro de 2012
  • A evolução dos filhotes da Kay

Os filhotes demonstram muita vitalidade e estão sendo muito protegidos pela Kay. Mamam bastante e a Kay se alimenta muito bem. Aumentou o apetite e até ganhou peso depois de ter os filhotes. Além da ração equilibrada que recebe estamos suplementando com leite e carbohidratos. Ela está feliz, tranquila em seu ar maternal. Assim que completarem 13 dias e abrirem os olhos eu coloco fotos novas e individuais. Isso será na semana que vem!

Quando observava o Monster hoje brincando com a Sherwood me admirei de sua força e explosão. Belo american! A Usa está linda. No ano passado, quando levei em exposição chegou a vencer uma especializada da raça. Depois nunca mais levei. Não tem femea em pista melhor que ela em atividade. Talvez eu a leve esse ano em alguma exposição. Vou testar o Monster também.


  • 04 de Outubro de 2012
  • Perdas...

As vezes eu penso que no meu blog como ficou conhecido o meu diário canino, eu deveria falar só de coisas boas. Mas a vida é feita de alegrias e tristezas e eu transpareço como sou nesse espaço pois a minha criação se tornou parte integrante da minha vida, como um membro do meu corpo. Criamos laços com quem amamos. Seja pessoas mas também os nossos cães e no meu casos os staffs. Mas hoje eu chorei e não foi por causa de um cão. Morreu o nosso papagaio. Desde que eu e minha mulher nos conhecemos ele foi testemunha de tanta coisa e falava ou gritava na cozinha. Dizia: papai, tudo bem. Um dia emendou: tudo bem, dr. Nelson. Gritava Riiiiiiiiiiiiiiiiingo. Chamava pessoas. Enterrei em baixo de uma árvore que dá flores todos os anos e assim, quando elas surgirem lembrarei dele pois seu corpo estará presente, de alguma forma no cenário transmutado e no corpo daquelas flores. Não substituirá o nosso Ringo mas será uma eterna lembrança. Adeus Ringo! Aqui eu te homenageio e agradeço pela tua alegria.

Os filhotinhos da Kay estão fortes e lindos!


  • 30 de Setembro de 2012
  • As galáxias...

Estava lendo um livro do Isaac Asimov chamado " Escolha a Catástrofe". Ele fala de várias possibilidades teóricas de como a humanidade, juntamente com nosso planeta, poderá encontrar o seu fim. Eu achei interessante quando ele descreve como os planetas, após o Big Bang passara a se expandir. Nosso universo está em expansão mas eu não compreendia porque os planetas da Via Láctea estavam com suas distâncias semelhantes mesmo que nossa galáxia estivesse viajando a uma velocidade como a da luz. Daí ele fala que existem conglomerados de estrelas que mantem um equilíbrio gravitacional e dessa forma o que se distancia na verdade é uma galáxia da outra.

Fazendo uma analogia percebemos que as pessoas se distanciam umas das outras nesse mundo hostil mas os grupos permanecem próximos através das amizades e das famílias. Forças gravitacionais de afeto e interesses comuns os unem. São as nossas galáxias pessoais.

A galáxia da Kay está bem e orbitando por ela vivem oito filhotes todos reservados pelas pessoas que me contataram cedo. Hoje tiro fotos e as coloco a tarde.


  • 28 de Setembro de 2012
  • As pessoas especiais que encontro!

Quando caminhamos num belo dia de primavera, ladeando um parque ou seguindo pelos caminhos nas estradinhas vicinais encontramos muitas belezas da natureza. Um girassol erguendo-se com imponência, uma borboleta multicolorida cruzando nossos olhos ou um beija-flor equilibrando-se colocando seu fino bico numa bela flor. Podemos ser surpreendidos por uma abelha que tenta nos picar mas com sorte ela segue o seu caminho e não precisamos matá-la. Eu aprendi a não matar as aranhas que antes considerava terríveis inimigas. As vezes eu pego uma mariposa presa numa teia e a salvo. Ou um cascudo dentro de casa e o liberto. 

Nos nossos caminhos vez que outra encontramos pessoas e fazemos amizades. Essas relações de modo geral crescem até certo ponto. Como árvores no deserto que atingem uma certa altura. É difícil irrigar as amizades nessa selva de pedra. Mas é muito bom quando aparece alguém interessado em ajudar. Mesmo que não a conheçamos pessoalmente.

Conheci por e-mails uma pessoa educada de nome Pedro Lima. Vou abrir espaços para que ele possa expressar suas pesquisas a respeito de comportamento canino. Meu tempo é curto para tanta coisa e se alguém se apresenta para somar é bem recebido. Logo verão artigos desse carioca idealista.

Eu recebo e-mails de muitas pessoas especiais da família New Kraftfeld. Eu amo os membros do Campo de Força e sinto falta de suas notícias a respeito de si e de nossos americans.

A Kay está bem e os oito filhotinhos continuam lutando em direção da vida!


  • 27 de Setembro de 2012
  • O instinto de vida e de preservação da espécie.

A noite minha mulher me disse, ao retornar da inspeção da ninhada que tudo estava bem. Hoje pela manhã encontrei a Kay tranquila novamente com sua bela prole. É uma fase delicada pois os filhotes são pequenos, ainda frágeis pois procuram as tetas por instinto e sem enxergarem. Só começam a enxergar com 13-14 dias. A atitude da mãe nessa fase é fundamental. Se ela se distrai e deita sobre um filhote ele morre esmagado ou por asfixia. Se não tiver saude suficiente acaba ficando para trás e os mais fortes vencem a luta pela sobrevivência. Nessa fase o papel da mãe é vital pois ela pode perceber isso e dar uma atenção especial para os retardários ou os que apresentam alguma dificuldade. Mães agitadas pisam nos filhotes quando escutam algum barulho, ainda mais dentro de um canil com vários cães se manifestando. Uma mãe extremosa permanece parada no ninho, a despeito de qualquer confusão pois sua concentração está naquilo que seria o mais importante: o cuidado da prole, o instinto de vida e de preservação da espécie.

São oito filhotes, oito vidinhas que mais tarde poderão alegrar famílias e participar de momentos importantes de pessoas que amam a raça AST. Essa é a minha imensa alegria ao criar.

Para completar hoje seria aniversário de minha falecida mãe. Ela estaria completando 82 anos. Foi ela, uma libriana, que me ensinou a ser meticuloso e admirar a beleza e a justiça. Ela sofreu muito na vida e era muito querida pelas pessoas pois sempre tinha uma palavra sábia para ofertar e orientar aos que estavam em dificuldade. Ela me disse um dia que eu fui um filho que não deu trabalho. Ela deletou da memória as vezes que encomodei ou fiz as minhas artes. Eu perguntava para ela antes de dormir, quando tinha oito anos, num grito do quarto: mãe! tem bixo? Ela respondia: não! Dorme bem querido! Eu dizia: então tá! E dormia. Como tu fazes falta mãezinha! De onde tu estás a minha eterna dívida e agradecimento!


  • 26 de Setembro de 2012
  • A bela e doce Kay com seus filhotes.

A idéia é de que os filhotes nascessem no dia 28 mas sabemos que existe uma possibilidade de ser um pouco antes ou um pouco depois. Quando estava para dar o alimento para a Kay notei que ela estava estática dentro da caixa. Ao mesmo tempo já escutei filhotes chorando. Aquele chorinho fininho de quem precisa de ajuda. A Kay estava em seu terceiro filhote. A partir daquele momento, as 8 horas da manhã, acompanhei todos os nascimentos. O oitavo aconteceu agora, as 16:00h.

Ela é cuidadosa e calma. Seus gestos são doces e a forma como trata os filhotes demonstra afeto e zelo. É tão bom ver uma mãe assim. Pensava que o sétimo seria o derradeiro mas supomho que agora sim ela gerou o último, um belo blue fawn forte.

São 4 machos e 4 fêmeas. Já estou com 7 reservas. Mas 5 são para macho. Não sei como farei. Talvez quem tenha reservado aceite trocar de sexo ou aguardar uma ninhada vindoura.

Dei leite agora para ela. Coloquei dentro caixa para que ela não saia do ninho e agite os filhotes. O dia está um pouco frio mas o ambiente no ninho está numa temperatura agradável pois não temos vento hoje e colocamos um carpete dentro do ninho que ela havia alvoroçado. Ajeitamos e a pintura dela alimentando os filhotes alegra meu espírito e torna o dia colorido.

Assim que os filhotes ficarem maiores e torçamos para que todos sobrevivam pois essa fase é instável colocarei fotos.

Sigamos em frente!


  • 26 de Setembro de 2012
  • Eu e o facebook.

Eu nunca fui talentoso no orkut ou no facebook. Minha filha vive no facebook. Meu handler disse que é uma maravilha. Eu estou com essa ferramenta disponível mas ainda não a aproveitei. Sabe como eu me sinto no facebook? Como se estivesse num local sem nenhuma privacidade. Cercado de desconhecidos e "amigos" por todos os lados. Num ambiente poluido por estímulos fotográficos e mensagens acima do que seja possível digerir ou selecionar. Como se estivesse com as portas da minha casa abertas numa festa de aniversário mas não tivesse controle adequado daqueles que entraram para a festa. Sei que existem configurações que definem quem entra ou ve muita coisa. Mas não sei usar bem esses recursos e duvido que sejam perfeitos. Questiono muito essa ferramenta pelo fato de expor as pessoas mais do que deveriam ser expostas. Sei que muitas pessoas se encontram e se comunicam on line através do face. Mas essa comunicação é recheada de interesses e de mentiras. Se nós encontramos um amigo verdadeiro no face e nos comunicamos com ele isso é legal e divertido. Na hora mesmo poderemos travar um diálogo. Isso é bacana! Mas nesse universo que são as redes sociais eu creio que existe uma perda. Talvez eu esteja errado.

Estava numa época com 1000 amigos no Orkut. Fiz um comentário que uma pessoa não gostou. Como represália ele inventou calúnias e se usou de uma ferramenta do Orkut para me difamar. Mas não dizia o meu nome. Afirmava de forma velada mas que as pessoas acabavam por perceber que só poderia ser eu. É o mesmo que dizer: o magro craque de Santos com penteado de moicano. Todo o mundo sabe quem é. Para piorar, uma pessoa que não era eu começou a responder para essa pessoa e ele, automaticamente, supondo que fosse eu exacerbou o torpedo de agressões contra mim. Eu ficava vendo os diálogos entre "eu" (a pessoa que falava por mim criou um perfil falso com a foto do Antonio Banderas) e essa pessoa que me difamava. Os meus concorrentes, aqueles que me invejam e me odeiam ficavam se divertindo com os capítulos da novela mexicana. Até que tiraram tudo do ar. Muitos enviaram mensagens solidárias, a maioria ficou só assistindo. Faz parte de nosso instinto sádico nos divertirmos com a desgraça alheia e, certamente se eu parasse de criar ou meu canil explodisse muitos ririam de alegria. Como as agressões sempre foram feitas de forma disfarçada pois ninguém é homem para falar mal de mim pois sou correto e nunca provaram nada das asneiras que já disseram. Já fui vítima de armações que cai que nem um patinho e depois me prejudiquei. Uma vez chegaram a mandar um e-mail para os USA dizendo para uma criadora americana argumentando de que ela não deveria vender um determinado american para duas pessoas daqui de Porto Alegre que seriam rivais. No e-mail falavam mal desses criadores. O bonito é que essa pessoa assinou o meu nome como o remetente dessa acusação e conselho. É lógico que essas pessoas ficaram com raiva de mim e não sei se as convenci que não fui eu. Eu descobri depois quem foi. Mas adianta? Me falaram para processar. No Brasil, com as leis da interenet ainda em fase embrionária.

Acabei tendo náuseas de tanta coisa que um dia deletei meu nome do Orkut. Senti um alívio.

Mais adiante pagaram um hacker para invadir meu site. Colocaram filmes e fotos de material pornográfico. Se clicassem em plantel ou filhotes apareciam fotos de sexo oral e assim por diante. Uma pessoa escandalizada me avisou. Tirei do ar e perdi muito conteudo. Tive que refazer o site e mudar o provedor. Sei que posso ser invadido de novo. Invadem até a Nasa. O motivo da invasão: meu site é o melhor do Brasil, da raça AST em conteúdo, transparência, atualização e em que o criador mostra a cara. Não tem como não apreciar o meu plantel e o meu trabalho.

Por isso que tenho minhas ressalvas a tudo que permite que alguém escreva ou fale pelas tuas costas. Sou de um tempo que falar olhando nos olhos seria uma virtude dos homens de bem e dos corajosos. Qualquer tema que tratem pelas costas é sinal de covardia e medo. A pessoa decente não se preocupa com os outros pois está ocupada fazendo o seu trabalho. O vencedor não olha para os lados. Pelé não falava mal de ninguém e não depreciava outros jogadores. Sempre tive pena dos invejosos e daqueles que precisam estar nas vitrines pois essa doença leva a um empobrecimento do ego. Na medida que precisamos de uma exposição marketeira provamos que somos superficiais e uma mercadoria. A fama deve ser construida com a verdade e com o exemplo.

Estou um certo tempo sem levar cães de minha propriedade em exposições. O último ano que concorri foi em 2010 (há dois anos) e venci o ranking como melhor criador do Brasil. Depois disso me dei férias pois o ambiente das exposições me causa muitas vezes náuseas e fico obrigado a ver pessoas que detesto por saber que são falsas e perigosas. Mas nesse momento algumas pessoas estão levando alguns cães meus em exposição. Cães que foram adquiridos como filhotes. Um filho da Usa com o Marschall está muito promissor e deve obter belos resultados no ano que vem. Mas bastou eu falar com o handler que apresentou meus cães quando venci o ranking que ele já me contou umas fofoquinhas a meu respeito que já me deram náuseas. São comentários tão imbecis e pobres que é preciso rir e tomar Plasil. Por isso que eu afirmo que a cinofilia está mal porque junto com os cães que participam dos shows deveriam existir homens de verdade. Os moleques não fazem a cinofilia crescer e todos esquecem que o tempo passa, o cenário vai mudando, as pessoas vão desistindo ou parando de criar, a memória será curta, muitos que eram esnobes nem vivem mais e tudo isso que estão fazendo de merda será absorvido pela terra do tempo e os imbecis ficarão esquecidos.

Fui criticado por alguns por estar jogando pesado. É o meu jeito. Não fico em cima do muro. 

Uma vez falaram em criar uma Sociedade ou Club do American ST no RS. Ouvi falar que disseram que eu seria uma pessoa indicada para ser o presidente. Pela minha experiência como criador e por falar ingles fluentemente pois me alfabetizei em Baltimore. Isso ajudaria na hora de tratar com juizes americanos e convidá-los para vir julgar especializadas. Ficou só no papo. O pessoal prefere convidar juizes corruptos que almoçam na casa daquele que os convidou e depois escolhe o cão dos mesmos na hora da exposição. Preferem um juiz que no facebook é seu amigo e elogia descaradamente que gostou do cão cuja foto foi enviada. Depois na hora da exposição o criador envia justamente para aquela exposição que aquele juiz irá arbitrar e a escolha será para quem? Quem?

Enquanto acontecerem fatos assim eu serei crítico. Não todos os dias porque cansa a mim e àqueles que leiem. Mas de vez em quando lançar torpedos é bom. Descarrega a munição.

 

Bem, os filhotes da Kay com o Cielo começaram a nascer hoje. Que notícia boa depois de tanta conversa chata.

Beijos...

 


  • 25 de Setembro de 2012
  • Artigos sobre adestramento e cuidados iniciais com o AST.

Em breve verão alguns artigos interessantes que colocarei com a participação de PEDRO LIMA, um estudioso da área. Sempre penso e estou aberto a sugestões visando dar novos suportes viáveis no site e que somem.

O tempo está belo e o frio não tira a vontade de sair para fora de casa. O Beatle cruzou novamente com a Sharon hoje. Desse cruzamento não nascerão americans. Eu temo que nasçam touros.


  • 22 de Setembro de 2012
  • Zonas de conforto!

Eu estava meditando sobre um texto que li outro dia na ZH. Bem escrito o tema era a zona de conforto. Esse artigo foi motivado pelas frases do técnico do Internacional criticando os jogadores do seu time. Em sua avaliação muitos dos seus comandados estavam inertes, acomodados e vivendo naquilo que ele chamou de zona de conforto.

Veja o que escreveu Adriana Martelo, diretora de eventos científicos da ABRH-RS:

 

"Podemos definr a zona de conforto por tudo aquilo que estamos acostumados a fazer, pensar ou sentir. É o nosso habitual e conhecido. São os nossos comportamentos positivos ou negativos. É tudo aquilo que sabemos nesse momento. É dessa forma que automatizamos comportamentos, pois aprendemos e isto se torna habitual e seguro. Apesar da zona de conforto ser natural das pessoas e grupos, para crescermos precisamos sair dela e ir em direção ao novo, ao aprendizado efetivo. Ficar na zona de conforto é não mudar. É estagnar e não perceber novas possibilidades. sair da zona de conforto exige ir em direção ao desconhecido, arriscar, ampliar a ação efetiva sobre algo. Se quisermos crescer, precisamos sair da zona de conforto . Por isso, a tendência natural é nos refugiarmos naquilo que controlamos: a nossa experiência, que pode ser nosso refúgio e limitação. 

A chave de nossa evolução está na capacidade de assumir riscos e crescermos. Entender o que nos provoca medo de sair do conforto nos ajuda a dar um passo na direção do processo de mudança. Entretanto, para sair da zona de conforto, precisamos de uma crise: esta á a via de possibilidade que se abre para os que desejam mudar. A crise é mobilizadora para a ação efetiva."

 

Fiz uma analogia com o que vejo na cinofilia. As exposições cada vez com novas faces pois aqueles que experimentaram e viram o fisiologismo do ambiente cinófilo fogem decepcionados. Os valores praticados desestimulam os novatos e os julgamentos errados, viciados e tendenciosos revoltam aqueles que investem em seus cães. O clima de competição vaidosa e humanamente baixa faz com que as pessoas de bem reflitam que aquele ambiente não é interessante. Com isso as entidades cinóficas representadas pelos kennels de cada cidade e coordenadas pela entidade maior que dita as regras que é a CBKC perdem em ter um número muito maior de participantes. O sistema é viciado justamente porque está numa zona de conforto. Qual seria a crise que poderia mudar o sistema para melhor? É possível mudarmos sem crise? Uma grande conscientização potencialmente poderia ocorrer mas os dirigentes deveriam ser humildes e desejar ouvir sugestões. Será que alguém gostaria de me escutar? Não seria melhor continuar na zona de conforto?

Nesse caso apenas uma crise poderia alterar o status quo. Eu imagino agora uma forma de gerar uma crise. Mas dentro da minha imaginação percebo parcialmente uma utopia, mas nem tanto. Qual seria esta utopia? 

Se ninguém mais se inscrevesse nas exposições e ninguém mais se tornasse sócio. O que aconteceria? Essa seria uma terrível crise. Tudo mudaria depois desse terremoto. Talvez pensassem a razão de tamanha crise. Acabariam os lucros. A zona de conforto seria abalada de forma inexorável. Uma nova cinofilia poderia renascer das cinzas qual a ave Phoenix. Talvez novos princípios fossem valorizados e isso estimularia o ingresso de um novo povo. Aqueles que verdadeiramente deveriam frequentar as competições. Um grupo mais ético que tivesse amor pelos cães e visse nas exposições uma oportunidade de celebrarem a beleza mas que não permitissem a injustiça e sempre apoiassem as medidas solidárias que dessem inúmeras oportunidades para que os novos pudessem participar com facilidade. Os valores praticados seriam populares e os próprios donos poderiam apresentar os seu cães, sem medo de que por não apresentarem tão bem quanto os handlers, profissionais treinados, fossem punidos com a derrota. As famílias veriam seus integrantes conduzirem os seus cães e os juízes analisariam a beleza dos cães e não a forma como desfilassem. O cão seria engrandecido pelo que é e não pela forma como desfila. O cão não seria mais escravo do desfile circense e o dono ficaria livre dos monopólios viciados dos concursos cinófilos que valorizam o desfile e esquecem do temperamento e do fenótipo. Muito poderia ser alterado para melhor. Uma verdadeira revolução poderia ocorrer. Mesmo que isso acontecesse apenas num pais seria ainda assim um começo. Os movimentos que tornaram segmentos da sociedade livres iniciaram muitas vezes pela ação de uma única pessoa. Foi uma mulher negra sozinha que ao se negar a ficar em pé num ônibus como a lei exigia para pessoas de cor que lançou a chama para várias revoltas sociais nos USA em prol da luta pelos direitos do homem negro nesse pais e no mundo. O homem se acostuma a viver na zona do conforto e soma para o seu juízo inúmeras razões para permanecer assim nesse marasmo. Mas a inércia em qualquer área da existência tem seus dias contados, senão nessa geração em algum momento do futuro. Um dia a humanidade verá uma nova cinofilia pois a crise se avizinha.